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As Melhores Viagem

  • 31 de Dezembro de 2007
Éramos amigos. Daqueles de verdade. Amigos pra toda hora, pra todo problema. Ele: 16 anos, 1,77m, magrinho, magrinho, magrinho - sempre tive taras por aquele V que se forma em direção à virilha -, olhos verdes, cabelo liso mas não liso, acho que mais estilo bagunçado, na época era curto, enfim; eu: 16 anos, 1,80m, magro mas não-definido, cabelos lisos-curtos, olhos castanhos escuros. Ambos brancos, ambos de verdade. De verdade, a história, também.
Minha mãe estava trabalhando em uma cidade fora. Eu ficava semanas sozinho em casa. A cidade onde ela trabalhava tinha fronteira com o Uruguai. As coisas eram baratas lá. Decidimos eu ele - amigo pra toda hora - irmos lá gastar dinheiro. Pegamos nossas coisas e fomos. Alugamos um quarto de hotel barato, passamos o dia na rua entre compras e não-compras e voltamos pro hotel pra dormir. Pra mim, uma noite normal. Sei lá, ele era meu amigo gostoso e eu era o menino não menos gostoso que batia punheta pensando em meninos. Mas éramos ambos heterossexuais (claro, claro, muito heterossexuais). Então, chegou a hora de dormir. Aquele quarto era um tédio, não havia muito pra se fazer. Resolvemos tirar fotos nossas. Sei lá, fotolog, orkut, spaces em geral nesse vasto campo que é a internet poderiam se utilizar dos nossos registros. E tiramos. Sem querer, ele deletou todas elas. Eu fiquei bravo. Começamos a discutir.
Parece que foi ontem quando eu, repentinamente, pulei pra cima dele e começamos uma briguinha daquelas alucinantes de adolescentes que fazem de tudo pra se tocar mas que não admitem ser esse o real objetivo. De repente, ele em cima de mim. Eu estava imobilizado. Ele segurava meus braços com uma só mão - magrinho, magrinho... na verdade, eu queria ser imobilizado - e com a outra, montado em mim, começava a passar a mão na minha bunda. Eu reclamava. E gostava. Ele se aproximava mais, e mais, e mais, e, de repente, ele já estava com o peito grudado nas minhas costas, segurando agora apenas um dos meus braços, pois meu outro braço alternava-se entre pegar o pau e a bunda dele e a outra mão dele se divertia agora por dentro da minha calça, ainda na minha bunda. Nos beijamos. Ele parou.
Conversamos, aquela noite, sobre tudo. Mas muito pouco. A verdade é que falamos por celular. Ele digitava e eu respondia no próprio celular. Ele com vergonha; eu com ainda mais. Naquela mesma noite, ainda chupei ele, sem o menor jeito. Ele não gostou. Nem eu. Ele tentou me comer, mas tinha um pau muito grosso. Embora devesse ter apenas uns 15 ou 16cm, era extremamente grosso, um dos mais grossos que já conheci. Não consegui dar pra ele, mesmo a gente tendo buscado sabonete e afins. Desistimos e fomos dormir. O vi se masturbando antes de dormir. Também o fiz.
Passaram os meses e fingimos que nada havia acontecido, até que, em outra viagem, dormimos lado a lado, numa cama de casal de uma casa de verão minha, onde apenas nós dois estávamos. Pensei em fazer alguma coisa. Com medo, mas também com muita tesão. Ele estava deitado de lado pra mim. Toquei no seu pau. Estava duro. Mexi um pouco por cima da bermuda vermelha de tecido. Parei. Não, eu não podia fazer aquilo. Ele não gostava e, embora eu gostasse, eu tinha de parar, respeitá-lo.
Virei pro lado e dormi. No meio da noite, porém, acordei. Acordei com alguém me abraçando apertado por trás. Era ele. Ele que vinha por trás me abraçando e me coxando cada vez mais forte. Ele não falava nada, apenas me abraçava e me coxava. Segurava-me no peito. E sua mão foi subindo, subindo, até que chegou à minha boca. Abriu entrada. Lambi seu dedo. Lambi como se aquele dedo fosse a boca dele. Ou o pau. Lambia com maestria, da ponta ao final, dando voltas, com muita saliva, chupando. Isso eu sempresoube, desde meus namoros com meninas, quando elas faziam isso comigo. De repente, virei de frente pra ele, puxei ele firme, beijei seu pescoço, o pus por baixo, olhei nos seus olhos, verde-brilhantes, me encaravam de frente, se fecharam, beijei. Beijei-o fundo, rápido, alucinante. Já estávamos sem camiseta, porque estava calor, e também tirei a bermuda dele. Bati punheta enquanto o beijava. Depois desci, lambi seus mamilos, sua barriga, seu V, sua virilha, seu pau, suas bolas, suas coxas. Subi de volta, beijei a boca. Ele me virou, me beijou no pescoço, quis me comer e paramos. Ainda ali não tínhamos lubrificante nem camisinha. Ainda ali não conseguiríamos.
Ele deitou quieto do lado dele e eu do meu. Ele disse que não gostou; eu fiquei entre minha tristeza e meu sentimento novo, recém descoberto, fantástico, explodindo. Eu não tinha nojo; ele dizia ter. Ele: 16 anos, magrinho magrinho magrinho, lindo, meu projeto de perfeição íntima. Conversamos muito nos lugares onde nunca divulgamos as fotos da nossa primeira viagem, por ele as ter deletado. Ele disse que chegou a achar que era, mas que, não, ele tinha muito nojo, não deveria ser (palavra forte essa, né? homossexual, gay. sociedade, sociedade...). Se ele disse isso pra mim, em quem ele confia mais do que até nele mesmo, é porque ele realmente acredita nisso. Não consegui mudá-lo quanto a isso. Cada um a seu tempo. Tivemos, depois disso e antes de eu conhecer outros meninos e vir a ter minha primeira e outras (várias) vezes, ainda várias chupadas, alguns beijos, uma vez em que ele teve ereção (e orgasmo) 5 vezes seguidas, mas o fato é que até hoje somos os mesmos amigos e apenas amigos.
Ele me respeita. Eu o respeito. E eu dei pra ele já, também, mas isso é outra história que é quase estória, porque, afinal, ele estava dormindo (ha ha ha).
E tudo sempre se passou assim, na hora de dormir. Se não fosse essa hora, talvez tudo ainda hoje, dois anos depois, fosse apenas sonho e punheta.
Mas nem foi nem é.

Autor: Daniel.
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