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Seminário... Sussurros Secretos! II
Susto meu Primeiro Orgasmo

  • 31 de Dezembro de 2009
E depois de dar aula na turma dele segui para outras turmas que me aguardavam, sai sem coragem de olhar Matias, as horas pareceram voar e foi-se à tarde!
Na última aula arrumei minha mesa e saindo da sala Matias aguardava no corredor encostado na parece:
- Seu depois pode ser agora professor Leonardh?
- Pode Matias, siga-me, por favor!
O levei a uma sala onde nós padres usávamos para dialogar com alunos seminaristas digamos que, rebeldes, não o Matias, mas seria menos arriscado conversarmos tranqüilos naquela hora da tarde!
Sentamos, ele me olhava ansioso tentando descobrir os motivos que eu o levei na sala de diálogos:
- Sei que errei noite passada padre, mas eu...
- Se acalme, não o trouxe aqui para conversar sobre seu mau comportamento, claro, foi errado sim, mas não o chamei para repreendê-lo por seu ato.
- Para que então?
- Falar do bilhete, por que disse aquilo e por que faz de mim sua vítima de desejos?!
- Quer saber toda a verdade padre Leonardh?
- Sim, é para isso que o trouxe até aqui!
- Nem virgem eu sou mais padre, mas isso nada importa desde que se eu chegar a vestir uma batina como o senhor, eu tentarei cumprir meus juramentos de abstinência sexual, mas aviso, eu tentarei, veja bem?!
- Ninguém está obrigando a ser padre meu filho, você é livre para estudar onde desejar sem se preocupar com o celibato!
- Eu sei padre Leonardh, na verdade estou aqui por vontade dos meus pais, eu nem padre queria ser. Eles me flagraram com outro rapaz num beijo e aqui estou, trancafiado nesse seminário como bem vê!
- Você está enganando a si mesmo Matias, aqui somente entram àqueles que desejam realmente estudar e tornar-se padre, fala a verdade meu filho?!
- Já vi que não posso esconder muito de você padre... -Rimos-
Antes de você nunca havia beijado ninguém na minha vida, sei que sou gay, isso eu sei de certeza.
Certa vez o padre rezou acho que cinco missas na minha cidade e desde então, eu o amo e...
- Deeeus... Continue Matias, desculpe interromper!
- Juro por Deus padre, eu jamais desejei me apaixonar assim justo por um padre, eu sei que não posso, mas ao te olhar naquela missa tão feliz orando, cantando com amor a Deus, eu me perdi de amores por você e tornei-me assíduo em suas missas.
Infelizmente uma missa que eu não fui, minha mãe disse darem notícia que você havia sido transferido a um seminário onde daria aulas de teologia.
Desesperado eu te busquei por muitos lugares e me falaram o senhor estar no seminário de onde eu vim transferido para este.
Entrei estudar e ser padre, só que no seminário errado e logo descobri você estar neste daqui.
Foi difícil convencer a ordem para me deixarem vir para cá, tive de criar a melhor das desculpas da minha vida, mais valeu à pena!
Quase tive um treco ao ser comunicado pelo professor anterior a sua aula que seria aula de teologia com o padre Leonardh.
Meu coração em um desarranjo de alegria por saber que o veria novamente e agora com maior freqüência.
Quando você entrou na sala de aula sorrindo, meu coração galopou na garganta, quase nem consegui me apresentar a você padre Leonardh.
Não queria, mas te amei e amo e se o coloco em tentação me perdoe, mas eu senti que por alguma forte razão, você também me quer padre Leonardh?!
Por tempo nos olhamos, eu tentando achar resposta dentro de minha alma, dentro dos meus angustiados apelos a Deus para que me afastasse os desejos:
- Fala algo padre Leonardh, seu silêncio me sangra o coração como navalha de dois gumes, você também me deseja, não é?
Entrou um superior na sala pedindo desculpas por ter entrado, eu esqueci de virar a placa de ocupado...
- Sem problemas padre, já estamos de saída e Matias nada cometeu de errado, apenas uns deslizes de novato, sabe como é?!
- Sei sim, logo se habitua, não é Matias?
- Sim senhor padre, eu adoro estar aqui neste seminário, minha vida está por aqui, sabia?!
- Maravilha, outro dom do sacerdócio!
Olhei-o sério indignado com que ele falou ao padre por que eu sabia suas reais intenções de estar alí.
Levantei saindo cochichando a ele que sorriu num suave deboche sedutor:
- 200 aves Maria por suas palavras! -Saí-
No corredor andei muito rápido escapando dele antes que me alcançasse. Matias fazia menção que me sentisse atormentado com seus “ataques”, sedutores sobre mim.
Acho que ele se divertia com tudo àquilo, eu assim imaginava e o tempo me provou ele estar realmente me amando e era assustador tudo aquilo, mas era o que ele provou-me ser real!
Minhas noites passaram ser de orações contra o que eu sentia em minha carne pulsante, os pensamentos que surgiam em minha mente me tentando a errar, fraquejar em minhas fracas fugas do amor do meu aluno Matias...
Cansei de levantar na madrugada caminhando na escuridão dos corredores sob a luz de uma pequena vela, sentar-me ler em qualquer canto deteriorando meus desejos sexuais... “Deeeeeeeus, não me deixe cair em tentação, sou fraco e preciso de sua ajuda meu Pai”!
Eu orava a todo instante, sentindo medo de me apaixonar e não era por uma mulher, era por um homem.
Mais estranho me parecia estar acontecendo às coisas na minha vida que tinha sido até então calma, alegre e pacata no sentido das paixões e desejos!
Ouvi o arfar de chinelas no piso dos corredores ao longe, fui ver quem poderia ser. Um vulto passou rápido entrando em outra porta, sem medo fui conferir!
Entrando perguntei quem estava alí e gelei, dessa vez me assustando de fato dando uns passos para trás gemendo de susto.
Pálido eu vi um rosto frente à claridade da vela, sorriu parecendo não sentir-se bem:
- Matias, que susto me deu?!
- Padre Leonardh, eu acho que não me sinto bem?!
- Por que desceu atrás de mim?
- Pedir ajuda, eu vi você passar no corredor e vim atrás, preciso de ajuda. Desmaiou... Larguei o castiçal na mesa tentando despertá-lo do desmaio e nada adiantava.
Assustado o ergui no meu ombro carregando como um saco de batatas subindo uma longa escadaria, mas naquela noite pareciam não ter fim os degraus pelo peso dele.
O levei ao quarto acordando aos outros que confirmaram ter se queixado de dores no estômago depois do jantar.
Providenciei remédio que aos poucos melhorou adormecendo, nada bom e o cuidei sentado numa cadeira à noite toda ao lado da cama de Matias.
O observei a noite toda se debatendo, suando, gemendo por dores, mesmo medicado.
Na janela eu olhava o dia amanhecer, surgiam os primeiros raios de sol aquecendo invadindo o quarto dos seminaristas.
Encostei-me de pé na janela, braços cruzados com o dedo indicador sobre meus lábios, o que isso é mania minha.
Olhando Matias pensando as maluquices que fez para estar junto de mim. Como ele mesmo falou-me, não desejava ser padre e não via outra solução se não estudar no seminário que eu dava aulas.
Comecei ver em Matias um rapaz que antes não via, maduro, decidido, disposto a lutar bravamente pelos seus ideais de amor e prazer, mais eu não podia!
Espreguiçou-se ainda deitado e pude ver seu membro ereto levando os lençóis, por minutos travei uma guerra com minha ereção o olhando apertar seu membro gemendo discreto.
Sentou-se olhando os amigos que ainda dormiam, correu seus olhos na janela que eu estava encostado.
Levando um susto disse com a mão no peito:
- Nossa que susto me deu padre Leonardh, o que faz tão cedo aqui no quarto?
- Passei a noite vigiando seu sono, ontem você desmaiou por dores e seus colegas me falaram ser dor de estômago, sente-se melhor?
- Acho que sim, agradeço ter ajudado e cuidado de mim padre, sinto um vazio no estômago!
- Deve ser fome, logo sai o café da manhã, mesmo assim deve comer alguma coisa, vou ver se encontro uma fruta algo assim, tem ainda uma hora de sono!
- Dormi o suficiente, vou tomar um banho e me preparar para as atividades matinais. Estou feliz por ter cuidado de mim padre Leonardh!
- Faria igual a qualquer um dos alunos!
- Isso eu sei padre!
Sai em busca de uma fruta, ao retornar no quarto o encontrei de roupão acabando de chegar do banho enxugava seus cabelos, dei a fruta e me disse o que seria dele sem mim ao seu lado segurando forte minha mão.
Sem jeito falei a ele que eu estava ao lado dele e de todos os outros alunos.
Puxei minha mão com medo que os outros nos vissem. Mordendo a maçã num sorriso olhando de canto, gesto sedutor e provocante:
- Vou tomar um banho para me acordar direito e dentro de meia hora teremos orações!
- Obrigado pela força padre Leonardh?!
- Força? Somente para manter-me acordado!
Fui fazer o que precisava antes das orações das 7 horas da manhã. Duas horas depois no refeitório Matias tornou passar mal, teve vômito tornando desmaiar.
Preocupado meu superior pediu que um dos padres com a manhã livre o levasse consultar e eu o fiz, chamamos um táxi e seguimos!
Aguardando nossa vez, Matias falou-me estar feliz por eu o cuidar com tanto zelo, nem insisti que faria o mesmo a qualquer um dos internos, mas pensei... “Eu faria com a todos mesma coisa, acho não com a mesma dedicação que dedico ao Matias”!
Consultou e necessitou de internamento, também permaneci junto dele o tempo de sua internação, não poderia largá-lo sozinho sem seus pais junto dele.
Na parte da tarde retornei ao seminário buscar roupas a ele e alguns pertences que me pediu e durante a tarde, dormiu pela forte medicação quase até o anoitecer cometi um erro, não venci a curiosidade.
Li seu diário que deixou aberto no criado mudo do hospital, parecia desejar que eu o lesse deixando suas confidências à exposição de todos que entrassem!
Peguei-o, pois uma enfermeira aplicando mais soro enquanto ele dormia, lia o diário aberto, pedi licença gentilmente e o fechei deixando entre minhas mãos com indicador marcando a página que ele havia escrito algumas poucas linhas antes de adormecer!
Lendo seu diário ele contava sua felicidade apesar de doente e internado, estar muito feliz por que junto dele estava à pessoa por quem lutava pelo amor, eu!
Lendo, cada vez mais eu me sentia envolvido por ele, por sua vida, pelo jeito de ser, pelas doces palavras que soavam como uma suave poesia numa canção de amor do meu aluno por mim. “Ele é outro homem, não posso, não quero, não é correto principalmente por eu ser padre”!
Meus pensamentos contraditórios fervilhavam lendo cada palavra de Matias. Perdi-me envolvido na leitura me imaginado nas cenas quentes e excitantes que ele relatava seus sonhos de viver nos meus braços.
Foi incontrolável minha ereção que lendo não percebi estar levantando batina!
Acho que passei por maluco com minha atitude, devido o susto ficando sem jeito por estar lendo segredos dele sem sua ordem e me flagrou...
- Ele mostra que você também me deseja, padre?!
Não poderia ser em pior momento ele ter despertado olhando meu membro que fazia questão de se exibir.
Foi tudo tão rápido?! Tremo lembrando daquela situação embaraçosa que Matias flagrou-me lendo seus segredos e completando entra um doutor no quarto e do susto eu num impulso, envergonhado, nervoso, peguei o diário de Matias batendo em meu membro ereto embaixo da batina, era uma surra nele... Batendo nele e sapateando desesperado... Que furo... Abismado o doutor estático na porta tentando descobrir que merda eu estava fazendo, eu imaginei que o meu membro perdesse ereção instantânea com a surra de diário com capa dura e grossa.
Matias chorava rindo por saber eu estar tentando disfarçar em pânico minha ereção para que o doutor não visse, ele tinha visto?!
Eu pulava como pipoca me embolando na batina surrando meu membro, o doutor sério e preocupado me perguntou:
- Tudo bem, padre?
- Não doutor, barata!
- Baratas aqui?
Nada respondi, sapateei matando uma barata imaginária, o olhei com a maior cara de tacho...
- Pronto, ela mooorreu, já era?!
Sentei-me rápido sob crise de risos do doutor...
- Olha padre, não o conheço mais discordo da idéia de um padre não ter ordem para se casar e ereções são comuns, afinal, o padre é um homem como eu, meu paciente e todos os outros. Não se acanhe padre, eu percebi sua ereção e uma surra nele adianta?
Vermelhei, amarelei, fique roxo de vários tons para responder o...
- É?! Mais sem graça da vida! Que vergonha e desatino, eu sai indo a capela do hospital. Voltei um tempo depois me desculpando com Matias, olhando-me como um homem maduro segurou minha mão depois de beijá-la, mas nossos instintos sexuais mais fortes que ambos nos sujeitaram a um beijo.
Puxou pelo meu pescoço forçando-me curvar-me sobre ele deitado e caí em tentação o beijando com intensidade.
Nossas respirações e discretos gemidos abafados pelos lábios quentes um do outro, provou que eu não conseguiria resisti-lo por muito mais tempo!
Tentaria escapar dele, de mim mesmo, das ereções, de tudo aquilo que me atormentava e resistiria até quando fosse possível e durou pouco tempo...
Naquele beijo quente e molhado nossos membros pulsantes desejosos por prazer, ainda no beijo, assustado senti um líquido quente escorrendo de dentro de mim, meu corpo estremeceu por inteiro, minhas pernas bambearam, soltei meu peso em cima dele deixando escapar um longo gemido no pescoço de Matias, sussurrando a ele sem eu compreender o que acontecia comigo, nunca havia sentido aquilo antes...
- Estou zonzooo Matias, acho que... Hãããããããm... Ele sorriu beijando meus cabelos no alto da cabeça me dizendo que eu havia tido um orgasmo e na verdade creio que foi mesmo e primeiro em toda minha vida...
Que meleca e que alívio desconcertante?!
Envergonhado pelo acontecido me recuperando do tremor e fraqueza que eu sentia fui ao banheiro dando de frente com padre Geraldo entrando na porta me olhando como se soubesse o que eu havia feito com Matias, mas veja o que ele me disse me fazendo quase desmaiar pelo susto...
- Satisfeito padre?
- Como assim?
- Seus alunos estão revoltados com seu substituto nas suas aulas e formou praticamente uma rebelião dentro do seminário, exigem aulas com você, não com padre Arnoldo?!
- Amanhã cedo retorno as aulas, padre Geraldo?!
- Acho bom, padre Leonardh!
Ele entrou indo ver Matias, no banheiro fiz higiene agora tremendo ainda mais pela bronca de um dos meus superiores... O que os seminaristas haviam aprontado não sabia, mas para o padre Geraldo se alterar, deveria ter sido coisa séria, saberia na manhã seguinte ao retornar para minhas aulas.
Matias ficou internado mais 2 dias e eu o visitava sempre ao menos alguns minutos livres que eu tivesse.
Chegando na porta da sala de aula, o silêncio dominava, antes de entrar eu parei na porta olhando-os.
Cabeças baixas amparando rostos nas mãos alguns deles e aparentavam tristeza, falei...
- Oi pessoal?!
-Olharam-me num sorriso-- Oooooooooooooiii padreeeeeeeeeeeeeee?!
Conversamos sobre a rebeldia deles...

Autor: Léo.
E-mail - leonardh_leo@hotmail.com
Conto enviado pelo internauta.


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