O Professor e o Aluno Nerd
Então turma entende-se que o movimento harmônico simples é aquele em que um corpo oscila em torno de uma posição de equilíbrio devido à ação de uma força restauradora, cuja natureza pode ser elástica, gravitacional, elétrica, entre outras... Por isso, não há forças dissipativas, como as forças de atrito e arraste, e, por isso, a energia mecânica total do sistema é conservada.
Logo, [...] Minha cabeça não relaxa em nenhum único momento do meu dia, o turbilhão de pensamentos que assolam a minha mente e a minha vida. Pensar em tudo demais é uma merda, pois não me firmo no presente apenas me seguro nas incertezas do futuro e nas merdas do passado. Sempre foi assim, mentalizar tudo e não fazer nada. Mãos suadas, calafrios, tensão muscular, entre todos os sintomas de estresses que o google consegue listar, eu tenho.
Me disperso do meu universo particular ansioso com o toque de alguém. - Marcos? Tá tudo bem? Meu olhar confuso se encontra com Wallace, meu professor de física durante todo o meu ensino médio, sempre o achei muito atraente.
O que sempre mais me hipnotizou nele foram seus olhos, um castanho tão escuro que chegava a ser amadeirado. Estava na casa dos seus 28 anos, possuía olheiras de cansaço de ter que dar varias aulas para adolescentes insuportáveis, era perceptível que ia para academia pois tinha tríceps e bíceps que deixam a manga da camisa apertada ao braço.
- Ah... tá sim professor. Por Que? Aconteceu alguma coisa?
- Bom... O sinal tocou vai fazer uns cinco minutos...
Olhei ao redor assustado em não ver que ninguém estava presente ali na sala... O sinal é muito alto, como que eu não escutei? Caralho, minha mente ainda vai me matar.
- Ah... Não tinha escutado.... Ehh... Enfim, tchau professor até semana que vem. – Antes mesmo que eu me pudesse me virar, ele me pegou no meu braço e meu olhos encontram os dele.
- Renan, é notório que você não tá bem... – disse ele se virando e me entregando uma prova com uma nota 3,0 ENORME.
– Você não é assim, você se destaca dos seus colegas e teve apenas uma nota vermelha na sala e foi a sua. Estou sentindo que está cada vez mais disperso durante as aulas, tu só tiravas de 9,0 pra cima. Me explica... O que está acontecendo?
- Wallace, muito obrigado pela atenção, mas não tem muito o que você possa fazer, tenho que ir preciso pegar o ônibus para casa.
- Eu te levo em casa. – falou ele já pegando a sua mochila e sua chave do carro e saindo da sala, passando pelos corredores da escola.
- Wallace, não precisa. Eu vou de ônibus.
- Marcos eu não estou perguntando, eu estou avisando que vou te dar carona.
- Eu moro no outro lado da cidade... – falei afobado e apressado tentando o acompanhar.
Quando menos percebi já estávamos fora da escola.
– Wallace, é serio não precisa se preocupar com isso, de verdade... Eu vou de ônibus, faço isso desde sempre.
Ele só me respondeu quando desativou o alarme do carro e o abriu.
- O que foi que eu te falei? Não estou pedindo, entra no carro. Não vou dizer que não fiquei meio excitado com esse jeito mandão dele, resolvi aceitar porque não queria fazer uma birra na frente do meu professor além de, pelo menos, não precisar gastar quase 7 reais em passagem. Me sentei no banco do passageiro e já fui colocando o sinto e coloquei a mochila no carpete do carro, entre as minhas pernas.
Nos primeiros minutos o carro estava em completo silencio apenas a voz da Adele cantando “Love in the Dark” ressoava pelo carro.
- Então... O que você tem? – Percebia na sua voz não um tom de curiosidade, mas sim de preocupação.
Saber que alguém se importava comigo, um nerd de cabelos bagunçados que deveriam ter sido cortados a em torno dois meses, me confortava.
- Não sei, a minha cabeça não descansa simplesmente como se tivesse ligada nos 220... Pensar dói, porque quando eu começo não consigo parar. Deve tá me achando maluco ne? – ri de uma forma tímida colocando minhas mãos dentro do bolso do meu moletom. Por que revolvi aceitar essa carona? Puta que pariu...
- Não acho que você esteja maluco... - Não? - Claro que não, você é jovem, tá terminando a escola, ta prestando diversos vestibulares, você está exausto... Tu é capaz de tudo, e sabe disso, tenta se respeitar mais, tanto mentalmente quanto fisicamente, entendeu? Estava agradecido por estar de noite, pois assim ele não conseguia perceber o quão vermelho eu estava naquela hora, mas... acabei ficando menos apreensivo e ate um pouco feliz, receber um elogio dele significa muita coisa pra mim.
- Obrigado. – disse com um sorriso sincero olhando para ele, iluminado apenas pela luz externa da estrada e da cidade.
- Você não precisa me agradecer por nada. – falou sorrindo, um dos sorrisos mais lindos que eu já vi.
– Porra! A avenida está congestionada, vou por dentro das ruas e pega a Santos Drummond ali perto das Americanas, beleza?
Quanto mais tempo aquilo demorasse pra mim era melhor, conseguiria me saciar com suas pequenas migalhas de afeto que deixava sem ao menos saber.
- Está congestionado também por aqui... Puta que pariu... Antes que pudesse falar qual quer coisa, recebo uma mensagem da minha mãe. “Oi filho, não teria como hoje você dormir na casa de um amigo? Seu pai quer me levar para jantar e depois vamos para um hotel passar a noite. E não queremos que você durma só em casa. Qualquer coisa você me fala viu?
P.S: Antes que você faça birra, tu esqueceu sua chave dentro de casa então não tem como você entrar. Bjao! :)
Logo, [...] Minha cabeça não relaxa em nenhum único momento do meu dia, o turbilhão de pensamentos que assolam a minha mente e a minha vida. Pensar em tudo demais é uma merda, pois não me firmo no presente apenas me seguro nas incertezas do futuro e nas merdas do passado. Sempre foi assim, mentalizar tudo e não fazer nada. Mãos suadas, calafrios, tensão muscular, entre todos os sintomas de estresses que o google consegue listar, eu tenho.
Me disperso do meu universo particular ansioso com o toque de alguém. - Marcos? Tá tudo bem? Meu olhar confuso se encontra com Wallace, meu professor de física durante todo o meu ensino médio, sempre o achei muito atraente.
O que sempre mais me hipnotizou nele foram seus olhos, um castanho tão escuro que chegava a ser amadeirado. Estava na casa dos seus 28 anos, possuía olheiras de cansaço de ter que dar varias aulas para adolescentes insuportáveis, era perceptível que ia para academia pois tinha tríceps e bíceps que deixam a manga da camisa apertada ao braço.
- Ah... tá sim professor. Por Que? Aconteceu alguma coisa?
- Bom... O sinal tocou vai fazer uns cinco minutos...
Olhei ao redor assustado em não ver que ninguém estava presente ali na sala... O sinal é muito alto, como que eu não escutei? Caralho, minha mente ainda vai me matar.
- Ah... Não tinha escutado.... Ehh... Enfim, tchau professor até semana que vem. – Antes mesmo que eu me pudesse me virar, ele me pegou no meu braço e meu olhos encontram os dele.
- Renan, é notório que você não tá bem... – disse ele se virando e me entregando uma prova com uma nota 3,0 ENORME.
– Você não é assim, você se destaca dos seus colegas e teve apenas uma nota vermelha na sala e foi a sua. Estou sentindo que está cada vez mais disperso durante as aulas, tu só tiravas de 9,0 pra cima. Me explica... O que está acontecendo?
- Wallace, muito obrigado pela atenção, mas não tem muito o que você possa fazer, tenho que ir preciso pegar o ônibus para casa.
- Eu te levo em casa. – falou ele já pegando a sua mochila e sua chave do carro e saindo da sala, passando pelos corredores da escola.
- Wallace, não precisa. Eu vou de ônibus.
- Marcos eu não estou perguntando, eu estou avisando que vou te dar carona.
- Eu moro no outro lado da cidade... – falei afobado e apressado tentando o acompanhar.
Quando menos percebi já estávamos fora da escola.
– Wallace, é serio não precisa se preocupar com isso, de verdade... Eu vou de ônibus, faço isso desde sempre.
Ele só me respondeu quando desativou o alarme do carro e o abriu.
- O que foi que eu te falei? Não estou pedindo, entra no carro. Não vou dizer que não fiquei meio excitado com esse jeito mandão dele, resolvi aceitar porque não queria fazer uma birra na frente do meu professor além de, pelo menos, não precisar gastar quase 7 reais em passagem. Me sentei no banco do passageiro e já fui colocando o sinto e coloquei a mochila no carpete do carro, entre as minhas pernas.
Nos primeiros minutos o carro estava em completo silencio apenas a voz da Adele cantando “Love in the Dark” ressoava pelo carro.
- Então... O que você tem? – Percebia na sua voz não um tom de curiosidade, mas sim de preocupação.
Saber que alguém se importava comigo, um nerd de cabelos bagunçados que deveriam ter sido cortados a em torno dois meses, me confortava.
- Não sei, a minha cabeça não descansa simplesmente como se tivesse ligada nos 220... Pensar dói, porque quando eu começo não consigo parar. Deve tá me achando maluco ne? – ri de uma forma tímida colocando minhas mãos dentro do bolso do meu moletom. Por que revolvi aceitar essa carona? Puta que pariu...
- Não acho que você esteja maluco... - Não? - Claro que não, você é jovem, tá terminando a escola, ta prestando diversos vestibulares, você está exausto... Tu é capaz de tudo, e sabe disso, tenta se respeitar mais, tanto mentalmente quanto fisicamente, entendeu? Estava agradecido por estar de noite, pois assim ele não conseguia perceber o quão vermelho eu estava naquela hora, mas... acabei ficando menos apreensivo e ate um pouco feliz, receber um elogio dele significa muita coisa pra mim.
- Obrigado. – disse com um sorriso sincero olhando para ele, iluminado apenas pela luz externa da estrada e da cidade.
- Você não precisa me agradecer por nada. – falou sorrindo, um dos sorrisos mais lindos que eu já vi.
– Porra! A avenida está congestionada, vou por dentro das ruas e pega a Santos Drummond ali perto das Americanas, beleza?
Quanto mais tempo aquilo demorasse pra mim era melhor, conseguiria me saciar com suas pequenas migalhas de afeto que deixava sem ao menos saber.
- Está congestionado também por aqui... Puta que pariu... Antes que pudesse falar qual quer coisa, recebo uma mensagem da minha mãe. “Oi filho, não teria como hoje você dormir na casa de um amigo? Seu pai quer me levar para jantar e depois vamos para um hotel passar a noite. E não queremos que você durma só em casa. Qualquer coisa você me fala viu?
P.S: Antes que você faça birra, tu esqueceu sua chave dentro de casa então não tem como você entrar. Bjao! :)
Autor: Marcos
E-mail - Não Divulgado
Skype - Não Divulgado
FONTE - Conto Enviado pelo Internauta.