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Eu e o Padre João

  • 19 de Abril de 2022
Caro leitor, na semana passada eu recebi e-mail do autor do conto: Eu e o padre na quarentena publicado em maio de 2020. Desta vez ele fez relatos dos últimos 10 meses e atualizou como anda sua relação com o padre que ficou famoso aqui no blog com mais de 4 mil leituras.
Aqui está a continuação deste romance.
No mês de junho de 2020, estivemos mais isolados porque as missas estavam suspensas com a igreja fechada e eu passava o conteúdo dos alunos por videoconferência. Naquele mês, dia sim dia não, eu ficava às tardes com o meu amante e apesar de resistir à tentação eu não aguentava uma hora sem tocar seu corpo.
Nossa relação ficou intensa e com muito tesão, padre João se excitava facilmente e eu não deixava por menos, bolinando seu cacete sempre duro. A situação ficou insuportável e falei para ele ir no meu apartamento a algumas quadras da igreja para não ter surpresas.
No último sábado de junho ele apareceu e finalmente cedemos à tentação da carne. Sentado no sofá da sala ele me pegou por trás e me mordeu a nuca. Dez minutos depois já estávamos nus na cama de casal do meu pequeno quarto. Deitado ao meu lado ele observava o meu corpo e com a mão aveludada acariciava o meu peito até encontrar o meu cacete alguns centímetros abaixo.
Instintivamente nos ajeitamos para um 69 delicioso, o primeiro depois de quase 3 meses. Sua boca molhada me chupava bem devagar e eu retribuía na mesma sintonia em movimentos de vai e vem. Não aguentando mais tanto tesão eu pedi para ele meter em mim, mas ele queria ser penetrado e insistiu tanto que decidi penetrá-lo.
Deitado de bruços ele arrebitou e abriu o cu sedento. Eu encapei o pau e lubrifiquei todo o membro. Após ajeitar e achar o caminho eu deitei em cima dele e meti a vara até ele suspirar e pedir para ir devagar. Ele sussurrava palavras em latim e eu fiquei mais excitado até gozar e cair ao seu lado na cama. A trepada foi deliciosa, perguntei o que ele falou em latim, a resposta foi simples: agradecia a Deus por você entrar no meu mundo e me fazer sentir seguro e feliz.
O João não é tem uma beleza física natural e passa despercebido na multidão. Essa questão física é individual, mas para mim ele é fofo demais. Após a nossa primeira relação ele se abriu sobre a sua vida pessoal e os anos no seminário onde teve a sua primeira paixão até os dias atuais numa relação desgastada com um homem no interior de Minas Gerais. Após aquela tarde fria em Belo Horizonte nossas vidas tomaram rumos certos e eu já estava amando um padre pela primeira vez na minha vida e quem sabe seja o último pois já passei dos cinqüenta anos.
Durante o mês de julho nos encontramos rotineiramente todas as semanas para conversar, ir às compras de mercado e farmácia, além das nossas relações sexuais.
A partir de agosto observamos maior movimento de pessoas nas ruas da cidade e o prefeito Kalil insistia que não era hora de relaxar as restrições. Eu e o João vivíamos isolados porque não sabíamos as consequências da doença e o que sabíamos era o que víamos na televisão e os números de infectados e mortos não paravam de crescer e a maioria eram idosos.
Em setembro houve uma redução dos doentes e o João recebeu ordens para se preparar para abrir a igreja com protocolos de segurança. Eu disse a ele para resistir e não ceder à diocese porque não dava para arriscar principalmente por ele ser diabético. Se quisessem abrir poderiam enviar outro padre ou fazer transmissão de missas online na paróquia.
Em novembro numa das idas até a igreja eu finalmente fui enrabado pelo João. Foi numa tarde de sábado numa cidade vazia e quente. Deitados na cama de solteiro do seu quarto, não tínhamos muito espaço para transar, ai sugeri sentar na sua vara e ele concordou. Com a rola dura e em riste eu arrisquei me sentar e na primeira tentativa eu enterrei toda ela no meu rabo. O João gemia e me olhava com muito tesão e para não machucá-lo eu deixei ele me guiar metendo vagarosamente num vai e vem delicioso. O meu padre João gozou rápido e ficou extasiado, o seu rosto reluzia felicidade.
Naquela tarde saímos de carro para passear na cidade vazia, lá em cima na Afonso Pena ainda descemos para apreciar a cidade lá do alto na Praça do Papa. O João estava feliz e eu também, mas ainda me incomodava a situação indefinida sobre o seu romance com o rapaz do interior.
Enfim, não forcei a barra para não constranger ou pressioná-lo, afinal somos adultos, maduros e desde abril a nossa relação estava numa ascendente e não me importava até porque o outro rapaz ou não fazia questão de manter o romance ou já estava noutra relação, pois o João me comentou que o rapaz nem telefonava mais. Nada como o tempo e a distância para arrefecer as paixões.
Dezembro chegou e me pareceu não haver mais pandemia com o comércio, shopping e bares todos abertos, mas eu e o João não arriscamos e até saímos da cidade e passamos alguns dias em Ouro Preto, antes do Natal já estávamos de volta à cidade.
Janeiro de 2021 chegou e nossa relação floresceu com o verão. Nossas rotinas diárias comportavam tempo para nós dois e foi num desses encontros que ele disse me amar e finalmente assumiu nossa relação mesmo que no armário e finalmente ele encerrou a relação anterior.
Em fevereiro a cidade fechou tudo novamente e aproveitamos para transar bastante. O João gosta de sexo de todas as formas e fizemos check-up juntos, inclusive exame de HIV. Depois disso nossas sessões de 69 passaram a ser diárias. Enrabei o João na sacristia, na casa paroquial, no meu apartamento, de quatro, em pé e deitado. Ele me comeu de todas as maneiras também.
Março foi preocupante e nos recolhemos cada um na sua casa. Marcamos de nos ver três vezes por semana para compras, conversas e leituras, assistir filmes em casa, fazer refeição ou lanche juntos e também sexo, pois nosso relacionamento tem muito carinho e tesão., eu sempre fui caseiro por natureza.
Nossa relação está numa fase de calmaria devido à segunda onda de Covid, pois não sabemos o que vai acontecer porque a transmissão está muito alta.
Abril chegou e sem perpectivas de vacina porque infelizmente vivemos num pais de terceiro mundo por causa dos nossos governantes. O João conseguiu um assistente para ajudar nas missas online e presenciais e estamos cada dia mais apaixonados.
Maio esta ai e com ele a esperança. O meu padre João tomou a primeira dose da vacina no dia 05 e eu ainda vou esperar dois ou três meses. Na semana passada saimos da cidade e fomos de carro até diamantina para descansar por uma semana.
Eu estou escrevendo aqui da pousada que está vazia. Os turistas sumiram. No café da manhã encontramos um ou outro hóspede e vários restaurantes da cidade fecharam as portas. Há muito desemprego e as pessoas escondem sob a máscara facial o medo do presente e do futuro.
O João é reservado e não demonstra ser padre. Isso não é importante porque não é fetiche, é amor, é relação madura entre dois homens. Meu amante é carinhoso e atencioso, ele gosta de curtir a relação à dois e não faz questão de socializar. Prefere a leitura e ouvir música romântica. Coisas de quem já passou dos sessenta anos.
E pensar que um ano passou rápido e não sabemos como será quando tudo por aqui voltar ao normal. É viver um dia de cada vez e evitar contato com outras pessoas para não se infectar, pois morreram dois paroquianos e três alunos contrairam a doença.


Autor: Regis
E-mail - Não Divulgado
Skype - Não Divulgado
FONTE - Conto Encontrado na Internet.


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